Terra dos Âmbares
Uma janela para o passado
O que são os âmbares ?
Os âmbares são resinas produzidas pelas plantas em resposta a certas circunstâncias, como defesa contra pragas de insetos ou proteção de feridas. As famílias de plantas produtoras de resina mais importantes são classificadas entre as gimnospermas (coníferas) e as angiospermas (plantas com flores). O processo de fossilização do âmbar envolve uma oxidação progressiva, onde os compostos orgânicos originais ganham oxigênio, e a polimerização, que é uma reação adicional onde duas ou mais moléculas se unem. Este processo produz hidrocarbonetos oxigenados, que são compostos orgânicos feitos de átomos de oxigênio, carbono e hidrogênio. Uma peculiaridade do âmbar é que ele pode perfeitamente preservar um organismo em sua posição original de vida.
O âmbar é um mineralóide de origem orgânica, heterogéneo na composição, que consiste de diversos corpos resinosos mais ou menos solúveis no álcool, éter e clorofórmio, associado com uma substância insolúvel betuminosa, derivado de resinas de árvores coníferas e plantas leguminosas que, enterradas durante milhões de anos, sofreram um processo de polimerização (uma das formas de fossilização). É encontrado na forma de nódulos irregulares de coloração amarelo-parda, às vezes turva devido à inclusão de minúsculas bolhas de ar. Sua composição média é C10H16O. Aquecido pouco abaixo 300 °C, sofre uma decomposição que gera o "óleo do âmbar" deixando um resíduo marrom escuro ou negro chamado "amber colophony", ou "amber pitch" (piche de âmbar). Quando dissolvido em Terebintina ou em óleo de linhaça, forma-se o verniz de âmbar ou laquê de âmbar.
Ao ser aquecido até à queima, libertando um odor agradável (almiscarado), dá-se a fusão a temperaturas entre 280 e 290 °C. É insolúvel em água, porém se dissolve em éter e clorofórmio.